"A fotografia fine art pode ser vista por vários ângulos. O termo fine art, em si, gera polêmica. Define conceitos técnicos de impressão, emolduração e conservação, mas serve, subjetivamente, para expressar um modelo mais autoral ou artistico. O mercado se aprorpiou do termo  técnico para agregar valor a novos produtos e o amadurecimento de todos os envolvidos gera uma promissora cadeia que se movimenta em torno do tema." (Mozart Mesquita)




Hoje é comum vermos fotógrafos sociais vendendo "fine art" ou agregando o termo ao seu trabalho. Wedding fine art photographer é quase lugar comum ao mesmo tempo que é difícil encontrar uma obra de qualquer um desses fotógrafos em uma coleção de arte reconhecida.

Já no início do século XX o conceito de arte era questionado e a arte foi trazida para fora das galerias e exposições. Atualmente se reconhece como arte diversos tipos de expressão e intervenções, mas e a fine art?

O termo “Fines Arts” começou a ser utilizado para diferenciar produções puramente artísticas de outras feitas com algum intuito (seja comercial, memorial, etc). Como exemplo podemos comparar um belo retrato feito com requintada técnica mas sob encomenda e um "borrão de tinta" negro em uma tela branca. O primeiro pode ser uma obra de arte magnífica, pintada por um famoso artista, mas é uma obra comercial, já a segunda, se foi feita pelo simples impulso da inspiração se diferencia como fine art.

Simples assim? Isso foi só no início, hoje envolve muitos outros conceitos agregados. Mas de toda forma a utilização do termo se refere a busca de um diferencial, de uma saída da massificação. Mas o diferencial absorvido pelo mercado e reproduzido amplamente vai continuar  ser diferenciado ou vai criar uma nova massificação?

Indiferente das resposta eu acho que o mercado ganha por desenvolver novas opções e a arte também ganha criando novos padrões e novos suportes, como as impressões fine arts, assim como foi a pop art fazendo o caminho contrário.

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